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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Miranda Lee

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Escrava do amor, n.º 2195 - janeiro 2017

Título original: Love-Slave to the Sheikh

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9454-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

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Prólogo

 

– Por favor, deixe-se de rodeios com o diagnóstico. Diga-me qual é a realidade da minha situação.

O neurocirurgião olhou para o seu paciente importante do outro lado da secretária. Não duvidava que o xeque Bandar bin Saeed al Serkel estivesse a falar a sério. Mas perguntava-se se o xeque estava realmente preparado para ouvir que as probabilidades de ele sobreviver eram as mesmas que os corretores de apostas pensavam que o potro do xeque tinha de ganhar o derby.

– Tem um tumor cerebral – declarou o médico. – É maligno.

As pessoas normalmente empalideciam devido a semelhante notícia. Mas aquele homem era forte. Talvez pensasse que, se tivesse de morrer, assim seria.

No entanto, tinha apenas trinta e quatro anos. Em todos os aspectos, era um ser humano saudável. Ninguém adivinhava, olhando para ele, que tinha cancro. Nem que era um xeque.

Mas era assim. O único filho de um milionário do petróleo e de uma mulher da alta sociedade de Londres que morreram tragicamente num incêndio, a bordo de um iate luxuoso. O xeque estudou em Oxford e vivia actualmente em Inglaterra, onde possuía um apartamento em Kensington, um estábulo cheio de cavalos de corrida em Newmarket e uma quinta de garanhões em Gales.

A secretária do médico descobriu tudo o que conseguiu sobre o paciente mais exótico e, provavelmente, mais rico que estivera no consultório. Estivera uma semana a falar dele, sobretudo sobre a sua reputação de playboy. Não só possuía cavalos rápidos, mas também conduzia carros rápidos e saía com mulheres rápidas. Rápidas e muito bonitas.

O cirurgião não se sentira impressionado.

Até àquele momento.

– E? – perguntou o xeque.

– Se não for operado, morrerá em menos de um ano. No entanto, a operação é arriscada. As possibilidades de sobreviver são de cinquenta por cento. A decisão é sua – concluiu o médico, encolhendo os ombros.

O xeque sorriu, fazendo realçar os seus dentes brancos na pele escura.

– Di-lo como se tivesse escolha. Se não fizer nada, morro. Por isso, é claro, tem de me operar. É o melhor para essa tarefa?

– Sou o melhor do Reino Unido – afirmou o médico, endireitando-se na cadeira.

O xeque assentiu e voltou a ficar sério.

– Tenho muita fé nos britânicos. Não sobrestimam as suas habilidades, como muita gente. E trabalham muito bem sob pressão. Prepare a minha operação para a última semana de Junho.

– Mas faltam três semanas. Eu preferia operar o mais depressa possível.

– As minhas possibilidades de sobreviver serão muito mais reduzidas, se esperar três semanas?

– Provavelmente, não – admitiu o médico. – Mesmo assim, não recomendo.

– Mas de certeza que sobrevivo essas três semanas ou não?

– As suas dores de cabeça irão piorar.

– Pode receitar-me alguma coisa para isso?

– Sim – concordou o médico, com um suspiro. – Mas continua sem me parecer bem atrasá-la. Porque é que quer esperar tanto tempo?

– Tenho de ir à Austrália.

– Austrália? Para quê?

– O príncipe Ali de Dubar pediu-me para cuidar da quinta de cavalos puro-sangue dele, enquanto ele vai a casa para a coroação do irmão. Certamente, já deve ter lido que o rei Khaled morreu ontem.

O médico não lera. Não gostava de ler as notícias. Quando não estava a trabalhar, preferia fazer algo relaxante, como jogar xadrez. Mas sabia onde ficava Dubar e como era a sua família real.

– Tenho a certeza de que o príncipe Ali conseguia outra pessoa.

– Devo cumprir o pedido do meu amigo. Ali salvou-me a vida uma vez, quando éramos pequenos e nunca me pediu nada em troca. Não posso negar-lhe este favor.

– Mas se lhe dissesse qual é o seu estado…

– O meu estado é privado e pessoal. Eu encarrego-me disso sozinho.

– Precisa do apoio dos seus amigos e familiares num momento como este.

– Não tenho família – replicou o xeque.

– Mas tem amigos. O príncipe Ali, por exemplo. Devia contar-lhe sobre o tumor.

– Contar-lhe-ei quando ele regressar à Austrália depois dos seus compromissos em Dubar – redarguiu o xeque, levantando-se abruptamente. – A sua secretária tem a minha morada e o meu endereço de correio electrónico. Diga-lhe para me enviar os dados sobre a operação. Até lá… – estendeu a mão para se despedir.

O médico levantou-se e apertou-lhe a mão.

Era uma mão forte, a de um homem forte. Faria todos os possíveis para salvar o xeque. Mas não conseguia fazer milagres.

– Cuide-se – aconselhou-o.

– Posso andar a cavalo?

Aquela pergunta apanhou o médico de surpresa. Era a primeira vez que um paciente naquele estado lhe perguntava algo semelhante. Normalmente fechavam-se em casa, enquanto esperavam pela operação. Não iam para a Austrália e montavam a cavalo.

Mesmo assim, a verdade era que montar a cavalo não ia acabar com ele. A não ser que caísse e partisse o pescoço. Tinha um tumor, não um aneurisma.

– Acho que sim – respondeu. – Se tiver de o fazer.

– Tenho de o fazer – acrescentou o xeque, com um sorriso enigmático.

Capítulo 1

 

– Que perda de tempo – murmurou Samantha, fechando a porta do carro depois de deixar a mala no banco de trás. – E uma completa perda de dinheiro – acrescentou num tom baixo, depois de ligar o motor.

O único consolo era que não tinha um caminho longo pela frente. A distância desde o aeroporto de Williamstown até à zona norte de Hunter Valley era consideravelmente menor do que a viagem desde o aeroporto de Sidney. Um trajecto de apenas hora e meia, em comparação com outro de, pelo menos, três.

Mesmo assim, enquanto Samantha conduzia o carro para a auto-estrada, suspirou com frustração. Não devia ter feito caso de Cleo. Umas férias de cinco dias num complexo turístico da Costa Dourada australiana não iam fazer com que arranjasse um namorado, nem a longo nem a curto prazo.

A ideia romântica de conhecer o amor da sua vida num lugar assim era apenas isso: uma ideia romântica.

A possibilidade de ter uma aventura também não estava entre as suas prioridades. Samantha não era o tipo de rapariga que escolhia um homem atraente que a deleitasse com algumas noites de jantares à luz das velas, seguidas do sexo com que as mulheres sonhavam, mas que raras vezes usufruem.

Certamente, estivera bem preparada para chamar a atenção de qualquer homem, naqueles dias, sobretudo depois de Cleo a ter arrastado na semana anterior para um salão de beleza, em Newcastle, para pintar o seu cabelo castanho de loiro e transformar as suas sobrancelhas grossas em dois arcos finos. Também ajudava o facto de ter usado alguns vestidos explosivos, que mostravam o melhor da sua figura atlética. Cleo também a levara às compras.

Samantha tinha de admitir que estivera muito bonita, naqueles últimos cinco dias.

Vários homens se aproximaram dela, tanto na piscina, como no balcão do restaurante, todas as noites.

Mas ela sabia que tinham sido as maneiras dela que fizeram com que se afastassem.

Nunca se dera bem com a sedução, nem com as conversas irrelevantes, nem gostava de aumentar o ego dos homens.

Ao longo dos anos, as amigas diziam-lhe que era demasiado seca.

A verdade era que não sabia como seduzir. Nunca aprendera, nunca tivera um modelo de conduta feminina durante os seus anos de formação.

Samantha fora criada numa casa de homens com quatro irmãos que a ensinaram a ser um deles. Aprendeu a fazer desporto como um rapaz e a defender-se como um rapaz, com os punhos. Não aprendeu a ser condescendente com o género masculino. Se tivesse feito isso no lar dos Nelson, teria passado a vida a chorar, arrastada pelo chão pelos seus irmãos competitivos.

Por isso, competira com eles e vencia-os com frequência.

As amigas diziam-lhe sempre que aquilo não era muito inteligente.

Samantha acabou por o admitir, depois de acabar o curso. Não teve um só encontro durante os anos de liceu, para não falar de um namorado. Teve de ser acompanhada ao baile de finalistas por um dos irmãos.

Ao entrar na universidade de Sidney, para tirar o curso de Medicina Veterinária, Samantha quase renunciara à possibilidade de encontrar um namorado. O amor pelos animais, sobretudo pelos cavalos, preenchera o vazio que sentia no coração. Agarrara-se aos estudos, trabalhando num estábulo próximo.

Mas rapidamente descobriu que a universidade tinha outro código de conduta sexual. Poucas raparigas acabavam o curso ainda virgens. A maioria dos estudantes considerava o sexo como um desafio e um desporto. Não se importavam como fossem as suas conquistas, nem como agissem.

Samantha sucumbiu algumas vezes durante os seus quatro anos de universidade. Naquela época, tinha o cabelo comprido e os seios já estavam desenvolvidos. Na verdade, começara a parecer mais uma rapariga.

Mas nenhuma das suas experiências era comparável aos momentos apaixonantes que lera nos livros. O amor esquivara-se dela.

Depois de se licenciar, fora trabalhar para um veterinário em Randwick, especializado em cavalos de corrida. Era um homem de quarenta e poucos anos. Um homem bonito, encantador e casado.

Ao princípio não existiu atracção entre eles. Mas, depois de dois anos a trabalharem juntos, criaram alguma intimidade. Desenvolveram uma amizade que, para Samantha, fora muito satisfatória.

Não se apaixonara por Paul. Mas chegara a desejar que chegasse o momento de estarem juntos. Ele fazia-a sentir-se bem. Samantha estava disposta a trabalhar muitas horas e a aceitar mais chávenas de café do que teria sido conveniente.

Uma rapariga mais sofisticada já teria estado à espera da noite em que Paul a abraçaria e a beijaria. A declaração de amor fora surpreendente. Samantha nunca ouvira antes palavras tão apaixonadas. Pelo menos, não dirigidas a ela.

Durante uns instantes, sentira-se tentada a render-se àquela voz que lhe dizia que o amor daquele homem talvez fosse a única coisa que alguma vez teria. Mas olhou por cima do ombro de Paul e viu a fotografia da mulher e dos filhos dele, em cima da secretária, sabendo então que ele não tencionava abandoná-los.

Exactamente no fim-de-semana anterior, Samantha vira um programa na televisão no qual entrevistavam uma série de mulheres que se transformaram na «outra». Sam surpreendera-se ao descobrir que não pareciam mulheres más, mas mulheres com uma baixa auto-estima, que estavam dispostas a aceitar as migalhas que os seus amantes casados lhes atirassem. A maioria achava que nunca ia encontrar aquela pessoa especial que estivesse livre para as amar como mereciam.

Samantha não queria ser a segunda. Nunca se conformara com o segundo lugar em nada. Porque havia de o fazer com o amor? Queria um homem que não fosse de outra mulher, um homem que pudesse dar-lhe tudo o que desejava secretamente. Amor, um anel e filhos.

De modo que abandonou o trabalho com Paul.

Também saiu de Sidney, depois de conseguir um trabalho como veterinária na quinta de cavalos puro-sangue da família real de Dubar.

Ela já sabia que aquela quinta era uma das melhores na sua especialidade, dentro da Austrália. O dinheiro nunca fora um problema para o dono, um príncipe árabe rico.

Dada a pouca experiência dela na criação de cavalos de corrida, Samantha ficara surpreendida ao conseguir o trabalho. Mesmo assim, era uma aprendiza ávida e aprendeu depressa tudo o que precisava de saber do outro veterinário, um homem de cinquenta e muitos anos chamado Gerald.

No entanto, Samantha não tinha a certeza de querer fazer aquilo para o resto da sua vida. Ao aceitar o posto, só quisera afastar-se da tentação que Paul provocava.

É claro, também teve o estímulo de viver no campo. Tinha a esperança de que os homens do campo não fossem tão exigentes como os da cidade. Talvez não achassem as maneiras secas dela tão pouco atraentes.

Samantha suspirou, enquanto conduzia pela rua principal de outra pequena aldeia do campo.

Infelizmente, a vida pessoal dela, na quinta da família Dubar, não fora muito diferente da que tinha em Sidney. A verdade era que intimidava os homens do campo mais do que fazia com os da cidade. A maioria dos homens que trabalhava na quinta não se atrevia a olhar para ela e muito menos a falar com ela. Só Jack parecia ser capaz de se relacionar com ela.

Ali, é claro, também falava com ela, porém, francamente, Samantha achava-o intimidativo. A mulher dele também. A bonita Charmaine era uma ex-modelo, que passava muito tempo a dedicar-se à beneficência em Sidney. Tinham dois filhos, uma menina chamada Amanda e um menino, Bandar, de um ano, chamado assim em honra de um velho amigo do príncipe, um xeque que vivia em Londres e que tinha uma reputação com as mulheres pior do que a de Ali, antes de se casar.

Samantha sabia tudo isso porque Cleo lhe contara. Como governanta do príncipe e ama a tempo parcial, Cleo sabia tudo o que se referia ao príncipe e à família dele. Não era uma bisbilhoteira maliciosa, na verdade, era uma senhora encantadora, mas gostava muito de falar. Quando Ali e a família viajavam para Sidney, para passar o fim-de-semana, Cleo convidava-a para a casa principal para jantar e jogar algum jogo de mesa, durante o qual ambas as mulheres conversavam sobre qualquer coisa. Tinham-se dado bem desde o primeiro dia, apesar de Cleo rondar os cinquenta anos.

Se não fosse por Cleo, Samantha ter-se-ia ido embora muito antes. Mesmo assim, sabia que não ia renovar o contrato quando este acabasse, no fim de Junho. A verdade era que sentia falta de Sidney e da vida na cidade. A paz e a tranquilidade do campo eram bons em teoria, mas sentia-se muito sozinha ali.

Fora por isso que ficara tão susceptível, quando Cleo lhe sugerira a escapadela à Costa Dourada. Deviam-lhe tempo livre, mas Samantha devia saber que seria uma perda de tempo.

Mesmo assim, conseguira uma coisa ao ir. Percebera que conseguia atrair um homem fisicamente. A maquilhagem de Cleo fazia maravilhas nesse aspecto. O que faltava saber era como agir num encontro, depois de realizar o contacto inicial. Não sabia bem como ia aprender, nem quem seria a pessoa indicada para lhe ensinar, porém, se quisesse realmente casar, teria de mudar.

Enquanto conduzia pela auto-estrada, sem prestar atenção ao que a rodeava, Samantha começou a perguntar-se se havia lugares em Sidney que dessem esse tipo de cursos. O que precisava era de um treinador de sedução, que lhe desse lições sobre o que dizer e como agir.

– Não! – exclamou Samantha, ao perceber que acabara de passar a entrada da quinta.

Travou e desviou-se para um lado da estrada, fazendo com que o camião que vinha atrás dela, praticamente lhe arrancasse o espelho enquanto passava.

– Mais cuidado! – gritou ela, pondo a cabeça de fora da janela. Demorou algum tempo a fazer a inversão de marcha, observando com interesse os seus arredores. – Deve ter chovido enquanto estive fora – replicou em voz alta, ao ver a verdura nos currais. Naquela época do ano, as geadas normalmente acabavam com a erva e os cavalos alimentavam-se de rações.

Não era que precisassem da chuva. Ao contrário de outras zonas da Austrália, Hunter Valley não costumava ver-se afectado pela seca. A terra era rica e fértil, perfeita para cultivar e para criar cavalos.

Samantha pôs-se no caminho de cascalho e parou em frente dos enormes portões de ferro, que eram tão impressionantes como o resto da propriedade. O escudo real de Dubar estava desenhado entre as duas portas, fabricado em ouro, para se destacar no preto.

Samantha abriu as portas com o comando que lhe deram ao conseguir o trabalho e entrou, recordando como ficara impressionada com o lugar no primeiro dia. Era evidente que o dinheiro não era problema.

Mas era a casa que mais chamava a atenção, à medida que subia pelo caminho. Um edifício de estuque branco de um só andar, que se estendia sobre uma colina, proporcionando, graças à sua posição, uma vista perfeita do vale.

A cerca de cem metros da casa, à esquerda, levantava-se outra colina mais pequena que fora aplanada para construir um heliporto, do qual Ali podia voar todos os fins-de-semana para Sidney. O helicóptero pessoal dele era enorme e preto e estava equipado com todos os luxos possíveis. Pelo menos, fora isso que Cleo lhe contara.

Samantha nunca o vira por dentro.

Ao ver o helicóptero, Samantha perguntou-se o que estava a fazer ali numa segunda-feira. Normalmente, Ali enviava-o de volta para Sidney, depois de regressar no domingo à tarde.

Tinha a certeza de que ia descobrir a resposta quando falasse com Cleo. Aquela mulher sabia tudo sobre todos os que viviam ali. Samantha telefonar-lhe-ia depois de desfazer as malas e de preparar uma chávena de café. Isso recordou-lhe que tinha de ligar o telemóvel mal chegasse a casa. O retiro de cinco dias da vida real acabara.

O caminho dividiu-se passado um bocado. A estrada da esquerda conduzia aos estábulos e a da direita subia para o heliporto e para casa. Samantha seguiu a estrada do meio, que acompanhava o rio e chegava até à casa onde ela vivia.

Os arredores do rio eram principalmente destinados ao cultivo de aveia para os cavalos. Embora não no Inverno. Também era o lugar onde ficava a pista de treino onde os cavalos pequenos começavam e onde corriam alguns dos cavalos maiores. O objectivo era tirar-lhes parte da gordura.